ERGONOMIA
O que é a ergonomia
Ciência que estuda a relação entre o Homem e o trabalho que executa, procurando desenvolver uma integração perfeita entre as condições de trabalho, as capacidades e limitações físicas e psicológicas do trabalhador e a eficiência do sistema produtivo.
Correta utilização ergonómica do computador
A coluna vertebral e o coração são as partes do corpo que mais exercem esforço quando você fica sentado muito tempo em frente ao computador, seja trabalhando ou se divertindo.
Manter-se sentado pode parecer confortável, mas essa posição faz com que os discos intervertebrais sejam desgastados, devido ao peso do corpo e à má postura. Tal desgaste inicia, em poucos anos, um processo degenerativo silencioso e irreversível, ou seja, se você sente dores é porque sua situação está crítica. Procure logo auxílio médico.
Outro problema em ficar horas sentado frente ao computador é o fato de sobrecarregar o coração: os batimentos cardíacos ficam mais fortes para garantir a irrigação da região inferior do corpo. Isso ocorre porque o posicionamento errado das pernas dificulta a circulação sanguínea da região. Visando contornar isso, o coração passa a bater mais forte para tentar vencer a dificuldade imposta pela posição errada.
Lesões músculo esqueléticas
As lesões músculos esqueléticas afectam habitualmente a região dorso-lombar, a zona cervical, os ombros e os membros superiores; menos frequentemente afectam também os membros inferiores. Abrangem qualquer lesão ou perturbação das articulações ou outros tecidos. Os problemas de saúde variam entre dores intensas e mais fracas e situações clínicas mais graves, que exigem dispensa do trabalho e inclusivamente tratamento médico. Em casos mais crónicos, podem mesmo levar à incapacidade e à necessidade de deixar de trabalhar.
Lombalgia
Dores na região lombar são, cada vez mais, frequentes e afectam não somente pessoas com idade mais avançada, o público mais jovem (incluindo crianças e adolescentes) também manifesta queixas recorrentes nos consultórios médicos. Mas nem toda dor nas costas implica a existência de um problema mais grave na região. A lombalgia, normalmente, requer maior atenção e acarreta sintomas que sem o tratamento correto podem ser permanentes, prejudicando a qualidade de vida do paciente.
Cervicalgia
O paciente com cervicalgia costuma adquirir uma atitude de defesa e rigidez dos movimentos, ocorre também uma alteração na mobilidade do pescoço e a dor durante a palpação da musculatura do pescoço podendo também abranger a região do ombro e nos casos mais graves ou prolongados irradiando para todo o membro superior.
Em relação à dor, o paciente pode se queixar desde uma dor leve local e uma sensação de cansaço, até uma dor mais forte e limitante. O braço, além de doer, pode apresentar alterações de sensibilidade e força muscular, são as chamadas “alterações neurológicas”.
O paciente refere adormecimento de alguma área ou de todo o membro, podendo ser contínua ou desencadeada por algum fator. A fraqueza muscular acontece em casos mais graves ou prolongados, sendo geralmente progressiva. Podem existir também alterações nos reflexos encontrados em algumas inserções musculares no punho, cotovelo e ombro nos casos mais graves.
Dorsalgia
Normalmente, a dor é proveniente de músculos, articulações, nervos, ossos ou outras estruturas próximas à coluna torácica. Dentre as causas, podemos citar as de natureza traumática: é o caso de distensões musculares, fraturas ou contusões na região dorsal, atividades em posições inadequadas, esforço físico exagerado ou quedas; degenerativas: quando ocorre a degeneração dos corpos vertebrais, discos intervertebrais e facetas-articulares, normalmente, em virtude do envelhecimento natural; tumores: alguns tumores (malignos ou benignos) podem contribuir para o surgimento de dorsalgia.
Tendinites do punho
As tendinites definem-se como uma inflamação de um tendão, podendo afetar vários tendões no nosso corpo. O tendão é uma estrutura fibrosa que funciona como uma corda que une os músculos aos ossos, transmitindo a força que permite a realização dos movimentos. As tendinites são causadas na maioria dos casos por sobrecarga, gestos repetidos, desalinhamentos posturais e alterações biomecânicas que levam á inflamação tendinosa, causando dor e limitação do movimento. Quando esta inflamação se mantém por tempo prolongado, começam a ocorrer alterações na estrutura do tendão que levam ao seu enfraquecimento e degeneração, devendo designar-se por tendinose. Na mão uma das tendinites mais comuns é a tenossinotive de Quervain, que corresponde à inflamação da bainha do longo abdutor e curto extensor do polegar, originando dor quando se estende o polegar e quando se afasta dos outros dedos. O tratamento implica o controlo da dor e redução dos factores que contribuem para o desenvolvimento da tendinite.
Erros comuns na postura no computador
PESCOÇO INCLINADO PARA FRENTE: o monitor quando posicionado na altura incorrecta, muito alto ou muito baixo, faz com que o pescoço se curve, causando dores na região.
Para evitar lesões e corrigir a posição do pescoço, o uso do Suporte para Monitor ou Suporte para Notebook é a sugestão ideal para corrigir a linha de visão e consequentemente manter o pescoço na posição correta.
COTOVELOS PARA BAIXO: outro erro comum é deixar os cotovelos curvados para baixo. Esse gesto mantido pelo longo do dia força a região cervical, causando dores no fim do expediente.
Geralmente as mesas não têm a profundidade necessária para apoiar o antebraço sobre o tampo. Para auxiliar na correcção o Apoio para Antebraço Ergonomia realiza mantém os cotovelos apoiados correctamente.
CADEIRA BAIXA OU ALTA DEMAIS: quando a cadeira está ajustada baixa demais, irá comprimir a parte posterior das coxas, próxima às nádegas, dificultando a circulação sanguínea. E quando a cadeira está alta, também fará a compressão das coxas, porém próximo ao joelho.
Para manter as pernas na posição adequada em um ângulo de 90º, a sugestão é a Cadeira para Escritório Ergonomia Realiza, que reduz o risco de lesões (LER/DORT) e dores cronicas.
PÉS SEM APOIO: em consequência das pernas estarem apoiadas de maneira inadequada, os pés tendem a ficar sem o apoio correto.
Os pés devem ficar apoiados totalmente no chão. Se não for possível, é necessário o uso de um suporte para corrigir e manter as pernas na posição que não comprometa o sistema osteomuscular da região, além de evitar a fadiga muscular. A sugestão é o uso do Apoio para os Pés Ergonomia Realiza.
EXCESSO DE DOCUMENTOS: acumular itens em cima da mesa ou abaixo dela não permite a aproximação da cadeira à mesa, evitando que se mantenha a postura correta.
Evite deixar excessos abaixo da mesa. Deixe-a com espaço livre para aproximar a cadeira.
COMIDA SOBRE A MESA: outro hábito comum é realizar as refeições na mesa de trabalho. Evite! Use do tempo de intervalo para levantar e permitir que os músculos relaxem da posição que se está por horas.
ILUMINAÇÃO: cuidado com o excesso de luminosidade. Luz demais pode atrapalhar, pois causa reflexo ou sombras na tela do monitor, forçando a visão. A Norma Regulamentadora 17 (NR17) cita:
Ergonomia: trabalho sentado
Trabalhar sentado não é assim tão inofensivo como pode parecer à primeira vista. Estar sentado durante todo o período de trabalho força mais as costas do que se estivesse em pé durante o mesmo tempo. Apesar da legislação nesta matéria já existir desde 1986 (Decreto-Lei n.º 243/86 que aprova o regulamento Geral de Higiene e Segurança do Trabalho nos Estabelecimentos Comerciais, de Escritório e Serviços, como transposição da Convenção n.º 120 da Organização Internacional do Trabalho), muito trabalho existe ainda por fazer.
Ergonomia: mesa de trabalho
O monitor deve ser posicionado abaixo do eixo visual horizontal e estar a uma distância de um braço, no mínimo. O motivo: Se o monitor estiver muito perto ou na altura incorrecta, sua postura corporal ficará frequentemente contraída. Principalmente na área dos ombros e da nuca, costumam surgir tensões.
O teclado e o mouse devem ficar alinhados com os cotovelos. Assim, o peso não fica unilateral e permanentemente sobre a parte superior de seu corpo, evitando tensões e desajustes na musculatura dos ombros, das costas e da nuca. Use apoios de mãos! Eles evitam que você dobre as mãos e poupam as articulações, os tendões e os nervos das mãos até os cotovelos. Dessa forma, doenças como a síndrome do túnel do carpo ou o cotovelo de tenista são evitadas com eficácia.
A bacia deve ficar levemente inclinada – cadeiras e assentos ergonómicos ajudam nisso. O efeito: A parte inferior das costas fica com sua postura natural, enquanto os discos intervertebrais e a musculatura ficam aliviados.
Ergonomia: Cadeira
De acordo com pesquisa realizada em 2001 pelo DataFolha, 14% dos entrevistados haviam sido diagnosticados por médicos como portadores desses males, o que equivalia a um universo de 310 mil pessoas na cidade de São Paulo.
Os mais atingidos por esses distúrbios são profissionais do comércio e de serviços, como bancários, digitadores, atendentes de telemarketing, secretárias e jornalistas, a maior parte deles na faixa dos 30 aos 40 anos.
Ergonomia: Apoio de pés
O apoio de pés foi criado há muitos e muitos anos e, mais modernamente, necessário para que o trabalhador possa manter pressão no piso ou sobre algo sobre o piso a fim de que pela ração, ele possa ter um apoio na região lombar necessário. Alem disso, ele serve para que não haja ou diminua a pressão e ou compressão nas coxas ( problemas de circulação sanguínea).
Ecrãs de visualização
Os ecrãs de visualização são utilizados num elevado número de actividades profissionais; são aparelhos onde se pode ver informação, imagens fixas ou em movimento – por exemplo: monitores de computadores, telas de cinema. Os riscos que podem resultar da utilização de ecrãs de visualização durante muitas horas são: Problemas de visão; Dores de cabeça; Stress; Exposição excessiva a radiações; etc.
Altura do plano de trabalho
Utilize o resultado da calculadora como ponto de partida e ajuste a mesa o máximo possível a essa altura. Em seguida, faça um ajuste fino. A mesa deve estar a uma altura, de modo que os cotovelos e os antebraços fiquem retos sobre a mesa quando a parte superior de seus braços estiver relaxada.
Se a tampa da mesa estiver muito baixa, sua coluna será forçada a fazer uma curvatura antinatural. Se, por outro lado, a mesa estiver instalada muito alta, os ombros ficarão empurrados para cima, tencionando a musculatura do pescoço e da nuca durante o trabalho.
Movimentação de manual de cargas
Na contracção muscular repetida ou duradoura a evacuação de produtos ácidos do metabolismo, faz-se devido à compressão quase permanente dos vasos, com alguma dificuldade. Esta dificuldade traduz-se posteriormente no aparecimento da sensação de fadiga. Esta, por sua vez, pode desencadear uma redução nos reflexos dos trabalhadores, o que pode estar na origem de alguns acidentes ou incidentes.
Levantamento da carga
Os equipamentos podem ser alimentados directamente ou através de tomadas de uso geral; A carga para um equipamento é a sua potência nominal absorvida, dada pelo fabricante ou calculada; A potência nominal pode ser calculada através do fator de potência, tensão e corrente nominais; Para potência de saída, devem ser considerados o rendimento e o fator de potência.
Transporte da carga
O transporte de cargas é muito importante para a movimentação da economia mundial. Por isso, as empresas precisam investir em uma logística eficiente para atender as demandas do mercado global. As diversas formas de transportar produtos e serviços para melhor atender ao consumidor podem despertar a competitividade, mantendo a economia em movimento.
A globalização facilitou muito esse processo. Com a constante queda das fronteiras no mundo, os transportes de mercadorias tiveram que ficar mais rápidos, eficientes e baratos. O transporte a ser usado tem que atender à necessidade do consumidor, superar a distância e utilizar o meio mais conveniente.
Com relação as vantagens e desvantagens do transporte de carga, esses requisitos irão variar de acordo com o tipo de meio de transporte escolhido para a realização do transporte da mercadoria.
Regras na movimentação
Para garantir uma elevação segura é essencial saber o peso da carga para dimensionar o equipamento certo a ser usado. Especificações de design, documentações ou indicações da carga podem fornecer as informações necessárias.
Em alguns casos extremos, a carga pode ser pesada içando-a brevemente com em uma escala para estimar o peso, sempre com atenção para a segurança no trabalho e de acordo com as regras válidas para prevenção de acidentes.
Riscos de lesão
O tecido muscular esquelético corresponde à maior massa no corpo humano, representando cerca de 45% do total do seu peso.
As lesões musculares podem ser causadas por pancadas diretas, estiramentos ou lacerações.
Estas lesões podem ser ligeiras (grau I), com presença de inchaço e desconforto, moderadas (grau II), com perda de função e formação de hematoma ou equimose, ou graves (grau III), com rotura completa, dor intensa e hematoma de grandes dimensões.
As lesões musculares são a causa mais frequente de incapacidade física no desporto, correspondendo a cerca de 30-50% das lesões.
Embora o tratamento permita uma boa recuperação na maioria dos casos, as consequências destas lesões podem, em alguns casos, ser dramáticas impedindo o retorno à actividade durante semanas ou meses.
Movimentação com porta paletes manual e outros equipamentos
O porta-paletes é utilizado para mover paletes em pequenas distâncias, sendo as paletes elevadas apenas o suficiente para permitir a sua movimentação. As rodas situadas na ponta dos braços do garfo ou forquilha ajudam também à elevação da palete quando o macaco é accionado. Os porta-paletes são accionados e movidos exclusivamente pela força de um operador a pé ou podem ter uma motorização eléctrica
Ginástica laboral
A ginástica laboral é uma forma de atividade física de curta duração (5 a 15 minutos) realizada durante o horário laboral e no próprio local de trabalho.
Pode ser realizada no início, a meio ou no final do turno, funciona como pausa ativa e não causa fadiga física nem transpiração. Procura alongar e minimizar a fadiga dos grupos musculares mais solicitados no trabalho e promove a mobilidade saudável de todos os segmentos corporais.
Base fisiológica
O sistema nervoso autónomo (SNA) desempenha um papel importante, não só em situações fisiológicas mas também em vários contextos patológicos tais como neuropatia diabética, enfarte do miocárdio e insuficiência cardíaca congestive (ICC). O desequilíbrio autónomo associado a um aumento de actividade simpática e a uma redução do tónus vagal tem uma estrita ligação com a pato-fisiologia arrítmica e com a morte súbita.
A VFC surgiu como um método, entre outros, simples e não invasivo para avaliar o equilíbrio simpático-vagal a nível sino-auricular. Tem sido usado numa variedade de situações clínicas tais como na neuropatia diabética, enfarte do miocárdio, morte súbita e ICC. As medições padrão que intervêm na análise da VFC compreendem índices do domínio do tempo, métodos geométricos e componentes do domínio da frequência. A utilização de registos de curta ou longa duração depende do tipo de estudo a ser realizado.
Dados clínicos baseados em numerosos estudos publicados durante a última década apoiam que uma redução na VFC global e um forte indicador do aumento da mortalidade de causa cardíaca e/ou arrítmica, particularmente em pacientes de risco após enfarte do miocárdio ou ICC.
Este artigo revê o mecanismo, os parâmetros e o uso da VFC como um marcador que reflecte a actividade dos componentes simpático e vagal do SNA no nódulo sinusal e como ferramenta clínica para detectar e identificar pacientes com especial risco de mortalidade cardíaca.
Nas últimas duas décadas diversos estudos, com animais e humanos, demostraram uma forte relação entre o SNA e a mortalidade cardiovascular em particular nos doentes com enfarte do miocárdio e ICC. Perturbações do SNA ou o seu desequilíbrio quer por aumento da actividade simpática ou por redução da actividade vagal podem resultar em taquiarritmias ventriculares e morte súbita cardíaca, que são actualmente causas principais de mortalidade cardiovascular.
Presentemente dispomos de vários métodos de avaliação do SNA tais como testes de reflexo cardiovascular e testes bioquímicos e cintigrafias.
Técnicas que permitam aceder directamente aos receptores a nível celular ou ao tráfico neural não estão disponíveis como técnicas de rotina. Nos últimos anos técnicas não invasivas baseadas no ECG tem sido usadas como marcadores da modulação autónoma do coração, são exemplos a VFC. A sensibilidade reflectora, o intervalo QT, e a turbulência da frequência cardíaca (TFC) que consiste num método novo baseado nas flutuações da duração do ciclo do ritmo sinusal após uma contracção ventricular prematura e isolada. De entre estas técnicas a análise da VFC surgiu como um método simples e não invasivo para avaliar o equilíbrio simpático-vagal a nível sino-auricular.
Base anatómica e biomecânica
A biomecânica é o estudo da mecânica dos organismos vivos. É parte da Biofísica. De acordo com Hatze, apud Susan Hall, é "O estudo da estrutura e da função dos sistemas biológicos utilizando métodos da mecânica". A Biomecânica externa estuda as forças físicas que agem sobre os corpos enquanto a biomecânica interna estuda a mecânica e os aspectos físicos e biofísicos das articulações, dos ossos e dos tecidos histológicos do corpo.
A Biomecânica, além de ser atualmente uma ciência com laboratórios específicos e diversos níveis de pesquisas, nas Universidades, é também uma especialidade e uma disciplina oferecida pelos Cursos superiores de Engenharia Biomédica, Educação Física, Fisioterapia, Terapia Ocupacional e Reabilitação Psicomotora.
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